quinta-feira, 18 de outubro de 2007

James Watson

O prémio Nobel James Watson brinda-nos com mais uma pérola, depois de tantas a que nos habituou, nem sei como é que ainda se lhe dá importância. Poupem-nos, lá porque ganhou um Nobel, não deve ser visto como um iluminado, não é, já o sabíamos, o seu único mérito é recordar-nos as enormidades que se pensaram e que, felizmente, quero acreditar, cada vez menos se pensam. E, a propósito, o que pensa Leonor Beleza sobre o presidente do conselho científico da Fundação Champalimaud?

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dalai Lama

Dalai Lama será hoje recebido, oficialmente, pelo presidente dos Estados Unidos e receberá a Medalha de Ouro do Congresso, a mais alta distinção civil atríbuída pelos norte-americanos. A China pressionou, disse que estava "furiosa" e já começou com as esperadas retaliações. A decisão de Bush receber o líder espiritual e político do Tibete não será, obviamente, desprovida de interesse, mas contrasta com a pequenez de Sócrates e dos seus ministros, que há não muito tempo, se engasgaram quando decidiram que Portugal se ajoelhasse perante a vontade chinesa. O tamanho não é tudo, também entre Estados.

Jardim

Jardim Gonçalves deve ter motivos muito sérios para não querer deixar o BCP e não se deve tratar apenas de ânsia pelo poder, nem tão pouco de amor ao banco que fundou há 22 anos. Estas razões não justificariam tamanhas piruetas, a não ser que a demência já tivesse feito das suas, o que não é o caso. Jardim Gonçalves, talvez mais ninguém, saberá porquê e os episódios recentes deixam a nossa imaginação voar. A confiança morreu e Jardim Gonçalves parece não ter entendido isso, isso e que é uma questão de dias, que os seus inimigos tudo vão fazer para o tirar do BCP, que o lavar de roupa suja ainda agora começou. Triste momento o do BCP, que dá que pensar sobre o que se passará nos outros bancos, o facto de o governador do Banco de Portugal vir a público dizer que não está em causa a credibilidade e estabilidade do sistema financeiro é sintomático, tudo, apenas e sempre, mais uma vez, o reflexo do que somos...

sábado, 6 de outubro de 2007

Pobreza

Hoje é dia nacional, mundial, tanto me faz, dos cuidados paliativos, como todos dias nacionais e mundiais do que quer que seja, serve para nos lembrar de tristes realidades, de que existem, nos hospitais portugueses, apenas 50 camas para ajudar os doentes terminais, estimam-se que sejam 50 mil, a morrer com alguma dignididade. Dizem médicos e enfermeiros que cada um deve poder escolher, livremente, a forma como quer morrer e que, para tal, é essencial aliviar, primeiro, as dores físicas e não só. Pois, alguém que já saiba que tem os dias contados e que os passe a contorcer-se de dores desejará, imagino, que o último já tivesse sido. É assim que um país da União Europeia, que se diz desenvolvido, trata dos doentes terminais, dos velhos que não têm onde cair mortos e que, na maior parte dos casos, se deparam com a solidão e com a nossa indiferença, apenas quebrada nos dias nacionais, ou mundiais. Este é só um importante indicador da probreza da sociedade de um país que se diz desenvolvido.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Desassossego

«Considerar a nossa maior angústia como um incidente sem importância, não só na vida do universo, mas na da nossa mesma alma, é o princípio da sabedoria. Considerar isto em pleno meio dessa angústia é a sabedoria inteira. No momento em que sofremos, parece que a dor humana é infinita. Mas nem a dor humana é infinita, pois nada há humano de infinito, nem a nossa dor vale mais que ser uma dor que nós temos».

Livro do Desassossego, Fernando Pessoa

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O depois e o antes





Joel Hasse Ferreira

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

John Cale - Magritte

Better watch the art...

Pensar

Paulo Teixeira Pinto foi o convidado especial da XIII Conferência Anual do Diário Económico e, ao contrário dos muitos convidados especiais do que quer que seja, não falou de desafios, de compromissos e de tantas outras tretas que enchem o tempo dos que se julgam especiais. Ficam aqui alguns excertos.

"Fala-se muito de educação e bem, mas não acredito que o que nos falte seja a reforma da educação. Talvez até tenham existido demasiadas reformas. E hoje é possível tirar um mestrado sentado em frente a um computador.O que faz a diferença não é a informação, mas a imaginação, o talento e a vontade."

"O futuro não se faz com palavras, com desafios. Se pudesse, usava só substantivos e não adjectivos."

"Era importante substituir urbanismo por urbanidade. Mas somos cúmplices de uma realidade que persiste ao nosso lado, aquilo a que chamo as fábricas do mal, os subúrbios. É impossível as crianças terem uma formação normal, já não digo boa, se vivem numa selva, onde a única opção é entre a violência e a violência."

"Continuo a achar que o melhor livro de estratégia continua a ser 'Alice no País das Maravilhas', não por causa do País das Maravilhas, mas por causa da Alice e de uma pergunta que ela faz, acho que ao gato, 'este caminho é bom?', o gato diz-lhe que depende do que ela quer e a Alice diz que 'tanto faz', então o gato diz 'se é assim, esse caminho é bom'. Este é o nosso pior mal, a indiferença perante os outros. É que os votos dos indiferentes também pesam na decisão colectiva."

"É determinante o culto do sucesso, através da afirmação do respeito e da homenagem a todos os que têm sucesso, os ícones. Estas pessoas fazem mais por uma unidade de sentimento do que qualquer político pode fazer. É aqui que entra a educação porque o exemplo não é a melhor forma de ensinar, é a única. Recordo que a última palavra dos Lusíadas é inveja."

"Acredito que o que faz toda a diferença não são as palavras, nem a análise, mas sim a atitude perante a vida, a capacidade de agir, de tomar riscos, a procura de exigência, a ambição de procurar fazer sempre melhor. Aquilo a que chamo de espírito olímpico."

Paulo Teixeira Pinto, XIII Conferência do Diário Económico

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Jardim Gonçalves...


... e a estratégia do salame, cortadinho, em fatias, bem fininhas, ou um pouco mais grossas, ao seu gosto e conveniência, o banqueiro mostra ser um verdadeiro mestre, dá gosto ver o ardil e a eficácia, confude quem se atreve a imaginar o tamanho do enchido...

sábado, 22 de setembro de 2007

Menezes


Este senhor diz, em entrevista ao Expresso, que não sabe conjugar o verbo perder. Isto explica muita coisa...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Lula Pena

Que é feito de Lula Pena? Peço que volte!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Fim do Verão

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

domingo, 12 de agosto de 2007

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Aeroporto

E se, enquanto se discute a localização do Novo Aeroporto, se resolvesse o problema das bagagens no Aeroporto da Portela. Não sei o que é que a Ground Force anda a fazer, mas a bicha de gente para reclamar problemas com a bagagem, enorme, será, seguramente, um sinal de algo está muito mal.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Pausa

segunda-feira, 30 de julho de 2007

quinta-feira, 26 de julho de 2007

terça-feira, 24 de julho de 2007

domingo, 22 de julho de 2007

Jorge Palma


Não conseguir parar de ouvir. Voo Nocturno de Jorge Palma. A faixa que dá nome ao novo CD é linda e a Encosta-te a Mim também. Palma não me desilude...

sábado, 21 de julho de 2007

Entrevista de Jardim Gonçalves


Jardim Gonçalves deu hoje a sua primeira entrevista, mas mais valia não ter dado. Algumas das suas respostas pareciam querer passar um perfeito atestado de estupidez a quem o leu. Sendo verdade que não sabemos nem um décimo da realidade e do que se tem vivido no banco, os factos, entretanto, vindos a público tornam demasiado evidente a situação de desnorte, de conflito e de desconfiança entre os órgãos de gestão. Compreende-se que a sua obrigação é tentar devolver a estabilidade perdida ao BCP, mas daí até desmentir o que já é indesmentível vai uma grande diferença. Em alguns casos, se não se tratasse de um assunto tão sério, parecia que Jardim Gonçalves contava anedotas.

domingo, 15 de julho de 2007

Eleições em Lisboa

Dos resultados das eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa retiram-se várias conclusões. Uma, particularmente relevante, é a debilidade da liderança do maior partido da oposição. Marques Mendes retirou o apoio a Carmona Rodrigues e precipitou novas eleições na CML, mas o seu novo candidato, Fernando Negrão, acabou por ficar atrás do seu antecessor. Disto, o líder do PSD não tem como escapar. A decisão de Marques Mendes, de precipitar as directas para eleição de um novo líder do partido, não poderia ser outra. A derrota é sua e, hoje, ficou claro que os social-democratas não o querem à frente do PSD. Só com novo líder, o PSD estará pronto para assumir o importante papel de líder da oposição ao Governo maioritário de José Sócrates.
Paula Teixeira da Cruz é o rosto de uma liderança inteligente...

quinta-feira, 12 de julho de 2007

sábado, 7 de julho de 2007

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Chineses querem comprar Benfica II

Depois de Joe Berardo, os chineses. Desde que invistam em bons jogadores que marquem golo!

Chineses querem comprar Benfica I

Sapo Vídeos

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Um motivo para comemorar o 4 de Julho


Alan Johnston, o jornalista da BBC raptado em Gaza há quatro meses, foi libertado esta manhã, após negociações entre o Hamas e o grupo ligado à Al-Qaeda que o mantinha refém.

terça-feira, 3 de julho de 2007

Jardim 'versus' Teixeira Pinto

À medida que as notícias sobre a guerra de poder no BCP se multiplicam, as minhas dúvidas aumentam. Hoje, já não sou capaz de dizer, com a mesma convicção, que o que move Jardim Gonçalves é apenas a vertigem do poder. Nem sou capaz de afirmar, com igual convicção, que o que Paulo Teixeira Pinto fez se limitou a um grito de independência. Voltarei mais tarde...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Novo Equipamento do Glorioso

Movimento Informação é Liberdade

«O grupo de jornalistas abaixo assinados constatando que se encontra em marcha o mais violento ataque à liberdade de Imprensa em 33 anos de democracia, decidiu juntar a sua voz à de todos os cidadãos e entidades que se têm pronunciado sobre a matéria e manifestam publicamente o seu repúdio por todo o edifício jurídico aprovado pela Assembleia da República.»

No título, link para o Blogue

domingo, 1 de julho de 2007

sábado, 30 de junho de 2007

Jardim Gonçalves e as galinhas

E depois de Rui Costa e Mega Ferreira, Jardim Gonçalves...

«Please, ele que fique em casa a tomar contas das galinhas, ou qualquer coisa...», Joe Berardo.

E depois, ainda há quem diga que Berardo tem problemas de comunicação!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Jardim pondera destituição de Paulo Teixeira Pinto

É esta a manchete do Expresso. Não surpreende. Jardim Gonçalves não consegue digerir o facto de o homem que escolheu para o suceder na liderança do BCP não ser um pau-mandado. Jardim Gonçalves não consegue sequer imaginar a ideia de que o banco que criou não é seu. A sua participação é inferior a 1%, o banco está cotado em bolsa e tem milhares de accionistas. É assim que se vive no mercado de capitais.

Se Jardim Gonçalves se quiser impor e continuar a mandar no banco, que compre o BCP, que lance uma OPA. O que não pode é contrariar a vontade de alguns, muitos, accionistas, ou pelo menos, tentar, mais uma vez, fugir ao confronto com os que lhe fazem uma dura oposição.

Se, de facto destituir Paulo Teixeira Pinto, Jardim Gonçalves conseguirá apenas piorar a situação, já que incendiará ainda mais os ânimos. A guerra está instalada e existem, neste momento, investidores de peso que querem Jardim Gonçalves afastado da gestão do banco. Não perceber isto revela uma absoluta cegueira e uma absoluta irresponsabilidade. Grave, porque o que está em causa é o futuro do maior banco privado português.

Admito que já tenha passado pela cabeça de Paulo Teixeira Pinto, mais do que uma vez, apresentar a demissão. Não o fez porque se sente apoiado, mas, sobretudo, porque entende que a clarificação da liderança do banco deve ser assumida pelos seus donos, ou seja, por todos os accionistas, em assembleia geral. Não é Jardim Gonçalves que, como uma espécie de ditador, pode dispor como entender de uma instituição, apenas porque a fundou.

Triste fim o de um homem que revolucionou o sector financeiro em Portugal e que do nada fez nascer o maior grupo financeiro nacional...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Fumar

Fumo, com todo o prazer e todo o vício. Embora possa não parecer, sei quais são as consequências de fumar. FUMAR MATA, como diz o meu maço de SG Ventil. Sei disso e fumo porque gosto, porque preciso, porque quero e porque posso! Se e quando quiser e se e quando conseguir, deixarei de fumar. Sou eu que vivo com o meu prazer e o meu vício. Os três ainda estamos vivos...

Vasco Pulido Valente - Público

Viver sem fumar é como escrever sem pontuação. Pelo menos, para mim. A pequena cerimónia de acender um cigarro marca um "tempo": o princípio do dia, o princípio do trabalho, cada intervalo ou cada distracção, o alívio (ou o prazer) de acabar qualquer coisa, o almoço (quando almoço), o jantar (quando janto), o fim do dia, antes de fechar a luz, como um ponto parágrafo. O cigarro divide, acentua, encoraja, consola. Abre e fecha. É uma estação e uma recapitulação. "Já cheguei aqui. Falta ainda isto, isto e aquilo".

Nas poucas vezes que tentei não fumar, tinha um sentimento de desordem, de arbitrariedade, de não saber passar de um frase a outra ou de um capítulo ao capítulo seguinte. Os fumadores, se repararem bem, não fumam ao acaso; fumam com ritmo.O cigarro também é uma companhia. Sobretudo para quem trabalha sozinho. A maior parte das pessoas vai falando, pouco ou muito, durante o trabalho. Por necessidade ou por gozo próprio. Do "serviço" à intriga, há milhares de oportunidades para o grande e simpático exercício de conhecer o próximo: para gostar dele ou para o detestar, para o observar, o comentar ou o intrigar. De porta fechada, à frente de um computador ou de um livro, não há nada à volta. Aí o cigarro ajuda. É um fiel amigo: a pausa que torna o resto tolerável. E que, além disso, recompensa uma boa ideia ou manifesta o entusiasmo ou a execração pelo que se leu. Com quem se pode conversar senão com o cigarro?

De certa maneira, o cigarro substitui a humanidade; e não me obriguem a fazer analogias. Mas, principalmente, fumar serve para pensar. Quando, a ler ou a escrever, paro a meio de uma página, porque me perdi num argumento ou não consigo imaginar como se continua, pego num cigarro e penso. Não me levanto, não me agito, não abro a boca, não me distraio. Fumo e procuro com paciência a asneira. O cigarro concentra e acalma. Restabelece, por assim dizer, a normalidade. E este efeito "normalizador" é com certeza uma das suas maiores virtudes.

Não comecei a fumar para ser adulto ou "viril". Comecei a fumar porque sou horrorosamente tímido e porque o cigarro é com certeza a maior defesa dos tímidos. Primeiro, porque ocupa as mãos e simula um arzinho de à-vontade. E, segundo, porque esconde e protege ou cria a ilusão de que esconde e protege. Por detrás de um cigarro, o mundo parece mais seguro. Mesmo se andam por aí a garantir que não.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Pobre Patrícia!

INSURGÊNCIAS AO INSURGENTE

«Nós progredimos um pouco desde a antiguidade. Sabemos muito mais sobre o corpo humano. Sabemos muito bem que o sistema digestivo, ingestão e excreção, não deve ser confundido com o sistema generativo».
(...)
«Ninguém ousa falar neste assunto, por ser considerado escabroso. Não se fala em excremento na sala. Mas fala-se nos ‘gays’, esquecendo que a repulsa sentida pela imensa maioria das pessoas deriva precisamente dum sentimento de nojo pela prática de sodomia, seja qual for o sexo do praticante. Para as pessoas com uma sensibilidade normal sodomia e excremento são inseparáveis.» By Pobre Patrícia

E continua...