sábado, 6 de outubro de 2007

Pobreza

Hoje é dia nacional, mundial, tanto me faz, dos cuidados paliativos, como todos dias nacionais e mundiais do que quer que seja, serve para nos lembrar de tristes realidades, de que existem, nos hospitais portugueses, apenas 50 camas para ajudar os doentes terminais, estimam-se que sejam 50 mil, a morrer com alguma dignididade. Dizem médicos e enfermeiros que cada um deve poder escolher, livremente, a forma como quer morrer e que, para tal, é essencial aliviar, primeiro, as dores físicas e não só. Pois, alguém que já saiba que tem os dias contados e que os passe a contorcer-se de dores desejará, imagino, que o último já tivesse sido. É assim que um país da União Europeia, que se diz desenvolvido, trata dos doentes terminais, dos velhos que não têm onde cair mortos e que, na maior parte dos casos, se deparam com a solidão e com a nossa indiferença, apenas quebrada nos dias nacionais, ou mundiais. Este é só um importante indicador da probreza da sociedade de um país que se diz desenvolvido.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para já não falar da outra pobreza, a de que padecem os que não têm um mínimo para (sobre)viver condignamente. Aquela contra a qual muitos de nós se levantarão amanhã, mas poucos agirão para além disso.

C.O.