quinta-feira, 31 de maio de 2007

Mulheres Que Lêem São Perigosas

Livro de Stefan Bollmann que será lançado amanhã.

sábado, 26 de maio de 2007

Hips don't lie

Para a C.

Nancy Sinatra Bang Bang

Tinha fugido!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Encostar na tua - Ana Carolina

Juntos


Paul Simon e Art Garfunkel actuaram no Warner Theater, em Washington, numa cerimónia destinada a homenagear Paul Simon.
Foto: Jason Reed/Reuters

Jardim das Delícias


Primeiro, falou João Rendeiro, presidente do BPP, em nome de 14 accionistas oposicionistas de Jardim Gonçalves. No dia seguinte, José Miguel Júdice, em representação do BPP de João Rendeiro. Será que o fundador do BCP precisa agora de ouvir o depoimento do cão de José Miguel Júdice para entender que chegou a sua hora?

Ota


No Governo de Sócrates, a eloquência não é, está visto, um dom exclusivo de Manuel Pinho. Ontem, o colega Mário Lino não conseguiu retirar o pódio ao ministro da Economia, mas esforçou-se e esteve lá perto. Num jeito arrebatado, que já denota sérias dificuldades em defender a localização Ota para o novo aeroporto, Lino justificou porque é que uma infra-estrutura destas nunca poderia localizar-se na margem sul do Tejo. "Jamais!", enfatizou o ministro. Porque "é um deserto", onde não há hospitais, comércio, hotéis, nem pessoas.

Declarações, indiscutivelmente, infelizes e que devem fazer Sócrates e a sua máquina de assessores perder algum tempo. De nada vale, vir Almeida Santos emendar a mão e dizer que o Sul ainda tem outro problema: as duas margens do Tejo são ligadas por pontes e o terrorismo anda aí. Imaginem se dinamitassem uma ponte!

O sentido de humor é uma qualidade, desde que bem utilizado, e até pode ajudar a conseguir o apoio dos cidadãos para causas difíceis. Mas, neste caso, o mau gosto imperou. Não é assim que o Governo vai conseguir convencer os portugueses que a construção de um novo aeroporto, com a dimensão do previsto para a Ota, é uma prioridade. Falamos de centenas de milhões de euros e o Governo fala deste novo aeroporto como se governasse um país rico.

O ministro Lino diz ter um painel com todas as possibilidades e riscos identificados no passado e que não encontra melhor melhor projecto que a Ota. Oxalá o ministro tenha outro dom, para além do da eloquência, o da verdade. E que seja, por isso, que dispensa novos estudos e se mantém perseverante na defesa do projecto do seu Governo.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Professor suspenso

Eis que finalmente alguém pede esclarecimentos!

terça-feira, 22 de maio de 2007

Ladrões de Bicicletas

Belo Post, Belo Blog!
Repensemos!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Tempo e dinheiro

Segundo um inquérito do INE, os portugueses, ao contrário dos seus pares da União Europeia, não estão dispostos a trocar horas de trabalho por mais tempo para estar com a família. Suspeito que o dinheiro pese nesta decisão, tanto mais que o frigorífico e fogão eram os únicos critérios de conforto preenchidos por 100% dos lares portugueses.

domingo, 20 de maio de 2007

Porto Bicampeão Nacional

"Não troco o triatlo por nada", Ricardo Araújo Pereira

Para o professor João César das Neves

Li na "Tabu", revista do "Sol", que, em Kumamoto, no sul do Japão, um hospital inaugurou no passado dia 10, o Berço da Cegonha. Uma pequena caixa onde se depositam, é o termo, de forma anónima, as crianças indesejadas. Funciona 24 horas por dia e soa um alarme cada vez que é utilizada. Diz o Hospital que o objectivo é desencorajar o aborto e o abandono de crianças em sítios impróprios. Em 2005, registaram-se cerca de 250 mil abortos ilegais no Japão e o abandono frequente de crianças tem chocado a população.
Fiquei também a saber que esta medida não é inédita. No século XII, a Igreja Católica criou um sistema anónimo de recolha de crianças, que ficou conhecido como a "Roda dos Enjeitados", e que até existem, actualmente, versões modernas deste esquema noutros países, que o encaram como um mal necessário. Será que o professor João César das Neves já pensou nisto?

sábado, 19 de maio de 2007

Desaparecidos

O desaparecimento de Madeleine McCann conseguiu mobilizar apoios nunca antes vistos. Grandes multinacionais, como a BP, a McDonald's e a British Airways fixaram cartazes com a cara da menina inglesa desaparecida na Praia da Luz no Algarve. Hoje, no jogo Chelsea-Manchester passou um vídeo com imagens de Madeleine. Gestos que não custam e que podem ajudar a encontrar a menina. Gestos que todos os meninos desaparecidos merecem.

http://www.policiajudiciaria.pt/htm/pessoas.htm

quinta-feira, 17 de maio de 2007

A cientista e o repórter fotográfico

O Daniel fotografou a Mónica.


A cientista portuguesa Mónica Bettencourt Dias coordena a equipa que publica, na revista "Science", um artigo com resultados importantes na área da biologia celular.
Foto: Daniel Rocha/PÚBLICO

Entrevista com Extremo Centro

'I smoke for my mental health'

'I smoke for my mental health'

Following our G2 special on the smoking ban, artist David Hockney offers a personal view on why he will always be devoted to cigarettes

Tuesday May 15, 2007
The Guardian

On July 1 2007, the most grotesque piece of social engineering will begin in England: the ban on smoking in enclosed public spaces, imposed easily by a political and media elite. They think it will lead to healthier people and a cleaner atmosphere. They believe they can change people easily. The science of marketing has been absorbed by them and they think they can control everybody. I don't think they can. People will stay at home and do drugs instead - legal and illegal.

I have lived in California for a number of years. They started smoking bans, but they didn't affect smokers that much. In California you move around in your own private space. If one goes to a public space, say the opera or Disney Hall, then because the climate is ideal the smoker can just step outside, at all times of the year. Many restaurants have gardens and the bans have never really bothered me. But something else has happened in California since the bans came in, unreported by the media, and it took me a while to notice because I have spent the past seven years working in England.

The amount of drugs advertised on television tells me what has replaced tobacco (although 20% still smoke): painkillers, Prozac and antidepressants, mostly prescription drugs - you just tell the doctor what you need. When prescription drugs are advertised in the press there is always a lot of small print listing side effects, and on television you get a speedy talking voice listing the side effects. You perhaps hear one word in four - paralysis, diarrhoea, death, headaches. I expect it all to come here. Drugs (legal and illegal) are the world's largest business, and one can understand why, since they make us feel better.

I know about fanatical anti-smokers - my father was one of the first (although his eldest son has outlived him and smoked until he was 70, and I'm still smoking at almost 70 - indeed, my birthday is nine days after the ban). I smoke for my mental health. I think it's good for it, and I certainly prefer its calming effects to the pharmaceutical ones (side effects unknown).
Well, you say, smoking has dreadful side effects. Certainly on some people, but not on all. So we should ask the British Medical Association to explain Denis Thatcher smoking Senior Service (unfiltered) and dying at 88, or Kurt Vonnegut living till 84 after smoking Pall Mall cigarettes for 70 years. What is the explanation? Nobody seems to ask and no one gives any explanation.
In the late 90s the ex-mighty New York Times was very anti-tobacco. I kept writing letters to them. None was published. When Deng Xiaoping, the Chinese leader, died at the age of 92, there was an obituary in the New York Times. Three days later there was the most foolish letter which said that Mr Deng was a very bad example to the young because he always had a Panda cigarette in his hand or mouth.

I was appalled that they had printed this, and wrote to them suggesting Mr Deng had lived a very long life - how long do you expect people to live? - and the logic of his argument would be that Adolf Hitler was a very good example for the young as he didn't smoke. It wasn't published, and I began to realise the New York Times was no longer a serious newspaper. After that I was sceptical about everything I read in newspapers.

Meanwhile in England, the press, without tobacco advertising, sided with the anti-smokers. The BBC made itself "smoke-free" and I realised how sinister this was. The BBC's problem, which won't go away, is that there is no neutral viewpoint. Heisenberg's uncertainty principle is part of the basis of the mathematics that led to the computer, but it also stated that the observer affects the observed - no one is neutral. The BBC used to claim that it was neutral, but now it is part of a massive social engineering project paid for by its listeners and viewers. It is against a group of 12 million people who choose to smoke - not very fair.

The British press might be quite lively, but it is also pathetically childish. I take little in it seriously, and when I am in Bridlington I only glance at newspapers. They are not sceptical enough, which is why I see them now as part of the social engineering. No one asks what the consequences will be - all will be good, they childishly think.

The Guardian says that the ban has been a "success" in Scotland. What do they mean by "success"? Pub takings have gone down, some pubs have closed. But surely the ban would only have been a "success" if the non-smokers had been flocking to the pubs. They have not.
What do I think? You're living in a madhouse, David ... Actually, I've always thought that, but I have a love for the surface of the Earth that is an escape from the mean-spirited and dreary people who seem to have taken over England.

The ban won't affect me much. I live very privately. I'm not very social - I'm too deaf, and in the world I have created I will smoke. I've no wish to meet politicians - most of them have the most odious ideas about people. England is full of big pushers of the coming pill society, and we've lost a sense of messiness - no longer any Delight in Disorder here (a careless shoestring in whose tie/ I see a wild civility/Do more bewitch me than when art/is too precise in every part, Robert Herrick).

Two months ago I started the largest painting I've ever done: 15ft x 40ft. The moment I began I found myself running up the stairs (with a fag) and realised some people are more in tune with a life force than others.

I can't be the only voice like this. In England people should speak up more, defend themselves, but it's hard against all the forces at work. Two million anti-smoking signs are going up on July 1, including inside Westminster Abbey. The uglification of England is under way by people with no vision. I detest it.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Bipolaridade

A AIP divulgou hoje um estudo onde se conclui que hoje é o primeiro dia do ano livre de impostos. Ou seja, até agora, todo o dinheiro que os portugueses ganharam serviu para pagar os seus impostos, para sustentar o Estado.

Este ano, o dia da libertação de impostos foi mais tarde que no ano anterior. Os portugueses pagam hoje mais impostos para terem o Estado que sabemos. Um facto que impõe, por si só, moderação na análise entusiasmada que o Governo faz da sua 'performance' política.

É verdade que o Estado somos todos nós, mas só a partir de 16 de Maio é que os portugueses começaram a ganhar para si. Foram 136 dias a pagar impostos para sustentar um Estado pouco generoso.

Na Suécia, por exemplo, foram mais de 136 dias de prisão aos impostos, mas o Estado sueco não se compara ao português.

Na parte que me toca, hoje sinto-me bipolar. Deprimida porque não sou sueca e eufórica porque, a partir de hoje, vou ganhar só para mim.

Afinal, não sou mais do que um mero típico espécime da raça portuguesa, identificado e catalogado por tantos especialistas reputados, que se entretém a passar o tempo entre a a depressão e a euforia.

Arguidos e arguidos

Fernando Negrão é a escolha de Marques Mendes para disputar as eleições na Câmara Municipal de Lisboa. E, para que não restem dúvidas, passado menos de 24 horas, o candidato já explicou que, afinal, também é arguido num processo criminal que tem seis anos e que remonta ao tempo em que liderava a Polícia Judiciária.
Mas, respondeu à jornalista da SIC Notícias, a sua situação é completamente distinta da de Carmona Rodrigues, Fontão de Carvalho, ou Gabriela Seara, que deixaram Lisboa por terem sido constituídos arguidos no âmbito das investigações ao chamado caso Bragaparques. E porquê? Trata-se, disse, de um caso que nada tem a ver com as funções que se propõe assumir e que, para mais, já tem seis anos.
Ou seja, o que o distingue dos outros arguidos, diz Negrão, é o tempo e a matéria. Belos argumentos. Afinal, para Fernando Negrão o que importa não é o facto de um arguido não ser necessariamente culpado, mas outros critérios. Na sua opinião, está claro, existem arguidos e arguidos.

sábado, 12 de maio de 2007

Turista na Daslu




Lucia Piva de Albuquerque deu início ao que seria a Daslu em 1958. Com sua sócia Lourdes Aranha, ela recebia as amigas em casa para um bom papo, cafezinho e compras, claro. O negócio prosperou e logo havia uma fiel clientela para a exclusiva boutique "das-lu". (Site oficial Daslu)



Uma vez mais em São Paulo, para trabalhar, exausta e quase de partida, restavam os finais de dia para encontrar num shopping qualquer umas Melissas ou umas Havaianas.



O motorista Jorge falou de uma loja, a Daslu, que tinha tido problemas com a justiça – "sonegação fiscal", disse – e que o dono tinha estado preso e tudo. Na mais absoluta ignorância, lá fui conduzida sem grande motivação. Talvez vendessem Melissas...



Voltas e mais voltas, coisa normal na cidade, chegámos. Um palácio enorme à minha frente. Parecia tudo menos uma loja. Seguranças e mais seguranças, arrumadores de carros em barda e uma agitação enorme. A curiosidade já era grande.



Valeria a pena ver, mesmo que a probabilidade de encontrar as Melissas fosse ínfima. Quando entrei, nem queria acreditar. Um luxo nunca antes visto, logo ali em São Paulo, no Brasil. Salas e mais salas espalhadas por vários pisos. Labirintico. E muitas mulheres concentradas em gastar dinheiro, empurravam uma espécie de carrinhos de supermercado, mas de verga, com divisões para encher de forma organizada. E alguns turistas da Daslu, eu incluída.



Nem queria acreditar no que via. Será possível que num país como o Brasil, ainda que em São Paulo, isto possa existir. Num quarto dedicado à Hello Kitty, uma mãe mostrava à sua filha de colo: "Vê amô, que coisas mais lindas tem essa loja!". E eu falava para dentro: "Isto não me está a acontecer!", olhava para as etiquetas, via os preços, convertia mentalmente os reais para euros e voltava a falar para dentro: "Isto não me está a acontecer!".



Perdida, sem rumo e sem dinheiro para encher o carrinho, observava a vida na Daslu e sentia o cheiro forte a dinheiro. Grupos de mulheres esvaziavam cabides e grupos de empregadas empenhavam-se em satisfazer, tão rápido quanto possível, os inúmeros pedidos dos clientes.



Só um pormenor. No piso reservado à moda feminina, homem não entra. Como no Clube da Mônica! "Não há vestiários.", explicou uma das milhentas brasileiras sorridentes e solícitas que trabalhavam na Daslu.



Entre um chá e um bate-papo, as mulheres passavam o dia, o dia inteiro, no luxuoso império Daslu. Ah, é verdade, o dono tinha sido preso... Melissas, nem pensar, claro está. Havaianas muito menos. Perguntei e o sorriso da empregada não podia ter sido mais esclarecedor.



Decidi sair, o 'tour' tinha valido a pena. Turista na Rocinha, turista na Daslu. À porta, os carros topo de gama não paravam de chegar, mulheres perfeitas, bem vestidas entregavam as chaves aos arrumadores. O movimento não parava e a bicha fazia antever uns bons 15 minutos de espera pelo Jorge.



Sentada – na Daslu, também os sofás, cadeiras e 'chaise longue' abundam – esperei e vi o que nunca tinha visto em nenhuma outra cidade do Mundo e já estive em algumas. Tamanha sofreguidão, extravagância e ostentação.



O Jorge lá conseguiu chegar e comentei: "Na Daslu, senti-me miserável". O Jorge riu. E puxei: "Há assim tanta gente com tanto dinheiro?". Sabia que no Brasil, o fosso entre ricos e pobres é enorme e que existem muitos ricos, mas, admito, nunca tinha visto tantos de uma só vez e a consumir. O Jorge disse: "São sempre os mesmos. Amanhã, se a senhora vier, são os mesmos". Sosseguei, melhor assim, podia ser pior. Mais à frente, insisti: "E o que fazem sempre os mesmos todos os dias na Daslu?". Resposta: "A senhora não leve a mal. Aqui em São Paulo, os ricos fazem assim – as mulheres vão à Daslu, os homens à Daspu".



quinta-feira, 3 de maio de 2007

Regabofe em Lisboa


As últimas 24 horas do intrincado caso da CML revelam dois factos inegáveis: o autismo e inconsciência de Carmona Rodrigues e a falta de autoridade política de Marques Mendes.

Quanto ao primeiro, a sua teimosia em manter-se no posto, em não abandonar o "navio", como o próprio chamou à Câmara, só mostra o que já se temia. Ao contrário do que garante, Carmona Rodrigues está agarrado, amarrado, pior, obstinado com o poder. Se não é o poder que o move, pode ser o desassossego. Ui!

Não passaria pela cabeça de ninguém insistir em manter-se na presidência da CML quando o partido que o apoiou já não o quer, quando todos os seus mais firmes apoiantes já o abandonaram e, mais ainda, quando a Câmara atingiu uma situação de absoluta ingovernabilidade. Como se não bastasse tudo isto, há um risco considerável da maioria dos eleitores que o levaram à vitória já desejarem, neste momento, a sua saída.

Que tipo de autoridade e de legitimidade encontra Carmona Rodrigues para comandar os destinos da maior cidade do país? Pensará Carmona que esta situação é sustentável até às próximas eleições autárquicas? Se sim, é grave. Carmona Rodrigue está a leste da realidade.
Se não, pior. Não se consegue encontrar nenhuma vantagem pessoal em esperar pela demissão da maioria dos vereadores do PSD. Para quê? É verdade que o comandante é o último a abandonar o navio, mas, neste caso, o navio já afundou há muito tempo com comandante e tudo e Carmona Rodrigues não se deu conta.

Acresce que todo o seu argumentário de defesa é frágil. Sendo verdade que um arguido não é, necessariamente, culpado, não é menos verdade que Gabriela Seara e Fontão de Carvalho suspenderam mandatos por isso mesmo. Perante isto, já para não falar da polémica saída de Maria José Nogueira Pinto, e perante o virar de costas do PSD e as pressões da oposição, considerará Carmona que ainda existe outra saída, senão a da porta da rua?!

Rumores, meros rumores, sugerem que Carmona Rodrigues, sucessor de Santana Lopes, preocupa-se, neste momento, em tentar evitar que novos dados, mais escaldantes, saltem para cima da mesa. Será? A dúvida está instalada.

Depois, para quê justificar a vontade de ficar com o seu historial do trabalho feito? Não é isso que está em causa.

E como já vem sendo habitual, a inevitável tese da cabala. Diz Carmona Rodrigues que um dos seus principais erros foi ter comunicado mal, foi ter desprezado temas menores que a comunicação social adora. Arriscar-me-ia a dizer que foi mesmo o seu único erro.... Enfim, palavras para quê?!

Se existisse, a sua carreira política acabou e o melhor era sair com alguma dignidade e, se assim quisesse, regressar depois de terminada a investigação ao "Caso Bragaparques".

Quanto a Marques Mendes, a conclusão mais imediata que se retira é que, apesar de Universidades Independentes e outras que tais, José Sócrates continuará a ser primeiro-ministro de Portugal por muitos e bons anos. Goste-se ou não, a verdade é que, enquanto Marques Mendes for o candidato do PSD, não existe alternativa ao PS.

O líder social democrata disse ontem que, por vontade do seu partido, os cidadãos lisboetas seriam chamados a votar e, eis senão quando, poucas horas depois, Carmona Rodrigues ignora completamente esta sua decisão. Se é este o respeito que consegue de um seu quase co-religionário, Marques Mendes bem pode repensar a sua vidinha como líder partidário.
Mais. A entrevista que deu a Judite de Sousa confirmou as suas fragilidades e indecisões, a falta de alternativas sustentáveis.

Olha que dois!

quarta-feira, 2 de maio de 2007