domingo, 18 de março de 2007

António Lobo Antunes

Poucos dias depois de ter pensado este blog, de ter escolhido o seu nome, de ter destacado uma imagem de uma obra de Hopper e uma frase de António Lobo Antunes, foi dada a notícia de que o escritor português tinha recebido mais um prémio, o Prémio Camões. Uma coincidência feliz. Com a certeza que só escreverei alguma coisa quando e porque me apetece, será um prazer estrear-me com António Lobo Antunes. Sendo indiscutível a sua arte e mestria, Lobo Antunes é, acima de tudo, uma personalidade fascinante. É a ânsia de o conhecer um pouco mais, por muito pouco que seja, que me faz ler os seus livros. Por vezes com dificuldade e até algum sacríficio, mas sempre com a segurança de que, no final, valerá a pena. É com a mesma convicção com que explico à minha filha de cinco anos que tem que comer a sopa para crescer, que me convenci a ler António Lobo Antunes. Com a convicção que vou ficar mais crescida, que me vou conhecer melhor. Crescer não é fácil, exige sacrifícios e até sofrimento. Mas ler António Lobo Antunes não é um acto de masoquismo. Não. É um prazer que se adquire aos bocadinhos, até que, quando se dá por isso, já é tarde demais, porque já se tornou num vício. Mas sem nunca se tornar numa obsessão. O seu amor e generosidade não podem ser desperdiçados.

1 comentário:

Mocas disse...

Eu bebo o que ele escreve como bebo água no Verão. Se existiram nesta vida livros que gostei de ler (e já gostei de muitos) foram a
Explicação dos Pássaros e o Esplendor de Portugal. Arrepio-me só de me lembrar e espero a passagem dos anos para os reler.

Bem-Vinda(o) à blogosfera