segunda-feira, 30 de abril de 2007

Eduardo Sá


Por coincidência, hoje vi, pela primeira vez, a rubrica "Livro de Reclamações" no Jornal da SIC com Eduardo Sá. O tema era o enamoramento na infância. Como mãe, fiquei curiosa e deixei-me ficar.

Em geral, tenho reservas em relação aos psicólogos mediáticos e Eduardo Sá, hoje, conseguiu agudizar ainda mais esta minha teimosia. Num tom de voz enfadonho, invariável e excessivamente doce e com dificuldades em expressar-se – a jornalista Raquel Marinho completava-lhe os raciocínios – o psicólogo lá tentou convencer os pais que é muito importante para o futuro dos seus filhos compreenderem a importância dos seus primeiros beijos e dos seus primeiros amores.

Para enfatizar esta sua doutrina, Eduardo Sá esgrimiu uma série de conselhos e de lugares comuns. Às tantas, brincou, acho, e disse que deveriam ser impedidos de entrar na Universidade os que nunca tivessem escrito uma carta de amor

Santa paciência. Será que é com paternalismo bacoco que Eduardo Sá pretende ensinar os pais a entenderem os filhos? Dispenso.

Valeram os miúdos, que, corajosamente, explicaram-me em frente às câmeras, de forma ternurenta, como se sente hoje o amor na infância. Há 30 anos, não era muito diferente, mas é sempre bom recordar.

2 comentários:

Anónimo disse...

E eu que andava com este «odiozinho de estimação» escondido e envergonhado, pensando-o só meu! De facto, por que insiste esse senhor em nos brindar a cada momento, com aforismos bacocos - é o termo - em tons aveludados e monocórdicos do género «ninguém devia...se não...» ou «os pais deviam compreender de uma vez por todas que...»? E, francamente, também não percebo por que insistem em convidá-lo para comentar seja o que for se, as mais das vezes, se limita pronunciar frases desconexas entre si e com o assunto em causa, e a elencar razões disparatadas que, na sua opinião, nos desqualificam totalmente como bons pais/professores/pessoas. Estas passam invariavelmente por coisas do tipo não ter subido às árvores quando era criança, não ter brigado com um amigo de infância e sentido a suprema dificuldade de lhe pedir desculpa, não ter escrito uma carta de amor...
Enquanto mãe/pessoa totalmente «não certificada», só peço: tirem-me esse senhor «do ar», por favor!

MBA disse...

Pois... Lamento que o primeiro comentário (de muitos, espero) seja para discordar. Não vi a intervenção do Eduardo Sá nesse dias, mas posso dizer-te que já o entrevistei e fiquei com muito boa impressão dele.
Mas enfim, pode ser que ele tenha mudado...