quinta-feira, 12 de abril de 2007

Parecer e ser




José Sócrates não surpreendeu e na entrevista à RTP refutou todas as acusações, surgiu tranquilo, confiante e garantiu que não teve nenhum privilégio pelo cargo que ocupava na altura em que ingressou na Universidade Independente. Não era de esperar outra coisa. E convenceu? Estaria a mentir se dissesse que deixei de ter suspeitas, que deixei de ter dúvidas. Ainda que não exista nenhuma prova contundente e que, por isso, Sócrates mantenha nota positiva no teste ao seu carácter, no que a este aspecto diz respeito, persistem alguns aspectos confusos, algumas incongruências e coisas mal explicadas. Mas uma vez, sublinho, o que está em causa não é se o primeiro-ministro é engenheiro ou veterinário. O que importa é afastar qualquer possibilidade de Sócrates ter sido beneficiado na obtenção da sua licenciatura. Aos jornalistas, competirá prosseguir o trabalho de investigação. Nem que seja para chegar à conclusão de que, afinal, nada de tortuoso ocorreu e que Sócrates sempre foi um estudante honrado.

Sem comentários: